quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Tragédia no Haiti

Os Estados Unidos estão enviando 3.500 soldados e 300 trabalhadores da área médica para ajudar com o resgate e a segurança na capital devastada. As primeiras equipes deveriam chegar ainda nesta quinta-feira. O Pentágono também enviaria um porta-aviões e três barcos anfíbios, incluindo um capaz de transportar até 2.000 fuzileiros navais.

A Coreia do Sul anunciou ajuda de US$ 1 milhão, a União Européia de US$ 4,37 milhões, o Canadá de US$ 4,8 milhões, o Japão de US$ 5 milhões e a Holanda com US$ 2,8 milhões. O Brasil prometeu enviar US$ 15 milhões.
Rússia, Itália, Israel e Brasil irão enviar aviões com material para montar hospitais de campanha. Canadá, França, Bélgica, Suíça e Luxemburgo enviarão profissionais em resgate, dentre eles médicos e militares. Além disso, a França enviará 12 toneladas de medicamentos. A Itália enviará ainda aviões de transporte militar.


Imagens aéreas mostram a destruição em Porto Príncipe, capital do Haiti, depois do terremoto de sete graus na escala Richter que atingiu o país

Conforme estimativa da Cruz Vermelha, o total de pessoas mortas pelo terremoto deverá ficar entre 45 mil e 50 mil, além de mais de 3 milhões de desabrigados.
Destruição no Haiti
Cerca de 7.000 mortos no terremoto no Haiti já foram enterrados, afirmou nesta quinta (14) o presidente do país, Rene Preval. O país foi devastado por um tremor que ocorreu na noite da última
Estima-se que muitas pessoas ainda estejam vivas, presas sob os escombros. A tragédia deixou ao menos 15 brasileiros mortos: 14 militares e a médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.
Hoje, cerca de 1.500 cadáveres estão empilhados diante do principal hospital, e os mortos estão espalhados também pelas ruas. "Dinheiro não vale nada agora, água é a moeda", disse um funcionário de ajuda humanitária à Reuters.
A Cruz Vermelha Haitiana já não tem sacos para guardar os cadáveres, e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que está enviando outros 3.000. O Brasil, que comanda a missão de paz da ONU no país, propôs a criação de um cemitério de emergência, e os EUA estão enviando equipes para os trabalhos funerários.

Saqueadores invadiram um supermercado danificado pelo tremor em um bairro de Porto Príncipe, levando produtos eletrônicos e sacos de arroz. Outros tiraram gasolina de um caminhão-tanque quebrado. "Todos os policiais estão ocupados resgatando e enterrando suas próprias famílias", disse Manuel Deheusch, dono de uma fábrica de telhas. "Eles não têm tempo de patrulhar as ruas."
A distribuição da ajuda é complicada pela grande presença de entulho e carros destruídos nas ruas, e também pela paralisação das telecomunicações. Os escritórios de várias entidades humanitárias foram destruídos, e muitos funcionários estão mortos ou desaparecidos.
Ajuda internacional
A Organização das Nações Unidas divulgou um boletim na tarde desta quinta-feira (14) no qual informa que cerca de 30 países e organizações internacionais prometeram ajuda e que a cifra já supera os US$ 350 milhões.
Os principais doadores são o Banco Mundial (Bird) e os Estados Unidos, cada um anunciou ajuda de US$ 100 milhões. Aviões carregados de equipamentos e pessoal de resgate dos Estados Unidos, França e Venezuela já chegaram a Porto Príncipe. A China enviou um avião fretado carregado com 10 toneladas de comida, equipamentos médicos e cães farejadores. O avião deve chegar até o início da noite de hoje.

O espaço aéreo haitiano está saturado e o governo local pediu que os Estados Unidos suspendessem os voos civis com destino ao aeroporto da capital. De acordo com a agência Associated Press, hoje à tarde houve um momento em que 11 aviões sobrevoavam o aeroporto à espera de vagas.
fonte uol

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